O curso busca formar profissionais com habilidade para analisar e lidar com as constantes mudanças em nossa contemporaneidade, resultados de decisões que ultrapassam as escalas nacionais. As transformações na política mundial e, também, no cenário internacional, ocorrem de forma dinamizada. Os Estados, todas as instituições e a própria sociedade civil que sofrem os impactos dos resultados dessas transformações requerem profissionais aptos com capacidade analítica no intuito de estabelecer ações estratégicas para lidar com os desafios e oportunidades que o cenário nacional e internacional exigem.
O objetivo base do curso de Relações Internacionais da UEPA é formar bacharéis com base teórica sólida conectada às atividades práticas concernentes à área de atuação, aptos para atuar nas relações internacionais neste momento contemporâneo.
Das múltiplas finalidades do curso, apresentam-se como desafio: compreender a complexidade das negociações entre blocos na América Latina; como os acordos de livre comércio interferem na vida econômica e social do povos da Amazônia; compreender os três pilares dos acordos inter-regionais, diálogo politico, cooperação; compreender os desequilíbrios nas negociações que envolvem bens industriais, serviços, investimentos, propriedade intelectual, compras governamentais etc.
Na área pública, os profissionais de relações internacionais egressos da Uepa poderão trabalhar em assessorias internacionais; dar assessoria para políticas públicas concernentes às relações do Brasil com outros países; formular, apoiar, empreender e executar ações referentes ao intercâmbio nas áreas tecnológicas, econômicas e jurídicas; realizar análise e interpretações das diferentes conexões entre as conjunturas regionais, nacionais e internacionais. Estará apto a participar da construção e coordenação de programas de desenvolvimento mantidos por organismos internacionais como Organização das Nações Unidas, Organização dos Estados Americanos, dentre outros.
Ainda na área pública, o profissional será capaz de prestar assessoria às câmaras legislativas, prefeituras, secretarias estaduais e municipais. Também na área de cooperação internacional, o profissional de relações internacionais pode atuar em atividades para elaborar e acompanhar projetos que incluam organizações internacionais em conjunto com órgãos governamentais cuja abrangência seja nacional, regional ou local.
O bacharel em Relações Internacionais é chamado a atuar profissionalmente em pesquisa acadêmica nas universidades, como analista de mercados para empresas transnacionais, na assessoria em áreas técnicas de organismos internacionais ou se candidatar à carreira diplomática no Ministério das Relações Exteriores. Atualmente, diversos organismos e instituições requisitam e buscam profissionais com esta formação. Podem ser citados, por exemplo, os ministérios do governo federal, entidades empresariais, entidades esportivas, sindicais, partidos políticos, órgãos de comunicação, organismos internacionais voltados às causas humanitárias, o Mercosul e outros processos de integração regional.
No 3º Setor e em Consultoria, poderá atuar nas Organizações Não Governamentais e as Entidades Internacionais, de caráter socioeconômico, tecnológico, cultural e humanitário, que são um excelente campo para atuação desses profissionais. Além disso, escritórios de assessoria e consultoria para órgãos e entidades patronais são campo de empreendimentos para técnicos especialistas em relações internacionais.
O profissional deve estar apto a exercer atividades como conselheiro, assessor, consultor, executor, sejam elas públicas ou privadas, e até mesmo na área diplomática, visto que o universo de atuação é extenso e se expande cada vez mais. O egresso deverá estar habilitado para analisar e intervir em cenários interdisciplinares que envolvam aspectos de Economia, Direito, Política, História, Geografia e áreas afins, com vistas a traçar perspectivas e verificar características inerentes ao mundo contemporâneo.
Além disso, o egresso do curso deverá demonstrar competências e habilidades de:
– analisar de forma crítica as relações internacionais;
– avaliar e elaborar informações sobre a situação internacional baseadas nos cenários analisados;
– gerenciar processo na área internacional;
– apresentar capacidade técnica e de liderança para estabelecer contatos entre câmara de comércio, empresas e órgãos governamentais, organismos internacionais, embaixadas, associações;
– avaliar os processos políticos, econômicos, sociais, culturais e jurídicos em países e/ou regiões; – identificar e avaliar os resultados das crises econômicas na comunidade internacional;
– criar ações e estratégias para cooperação, interação e integração das mais diversas formas no contexto internacional; – identificar os objetivos, maneiras de operação, os padrões de ações das organizações internacionais (governamentais ou não);
– compreender e analisar os principais tratados e acordos internacionais;
– entender e propor intervenções nas inter-relações entre Estados, instituições, organizações e associações transnacionais.
Identificação do curso
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO | PROPOSTO |
Nome do curso | Curso de Relações Internacionais |
Titulação | Bacharel em Relações Internacionais |
Nº de vagas ofertadas | 40 vagas |
Sistema de ingresso | Processo Seletivo |
Carga horária total em h/a 60 min | 3000 |
Carga horária total em h/a 50 min | 3600 |
Tempo mínimo de integralização curricular | 4 anos |
Tempo máximo de integralização curricular | 7 anos |
Regime Didático-Acadêmico | Seriado semestral por bloco de disciplinas |
Turnos de funcionamento | Integral |
O currículo se constitui em um conjunto de ações sistematizadas e hierarquizadas, integradas em seus conteúdos e atividades de modo a atingir os
objetivos previstos e o perfil dos egressos.
Os Conteúdos Programáticos, o Estágio Curricular Supervisionado, as Atividades Complementares e o Trabalho de Conclusão do Curso, são articulados entre si nos diversos semestres letivos.
O Currículo do curso está estruturado em núcleos os quais favorecem a prática da interdisciplinaridade, objetivando o reconhecimento da necessidade de uma educação profissional integradora de conhecimentos científicos, experiências e saberes advindos do mundo do trabalho, e possibilitando, assim, a construção do pensamento tecnológico crítico e a capacidade de intervir em situações concretas.
Desse modo, a matriz curricular do curso Bacharelado em Relações Internacionais organiza-se em três núcleos, o Núcleo Básico, o Núcleo Especifico e o Núcleo de Práticas.
Núcleo Básico: O Núcleo Básico compreende o domínio da Língua Portuguesa e da apropriação de conhecimentos e conceitos preliminares e científicos ao desenvolvimento das demais etapas do curso.
Núcleo Específico: O núcleo Específico compreende disciplinas destinadas à caracterização da identidade do profissional, contempla conhecimentos intrínsecos à área do curso, conhecimentos necessários à integração curricular e conhecimentos imprescindíveis à formação específica.
Núcleo de Práticas: A prática profissional constitui uma atividade articuladora entre o ensino, a pesquisa e a extensão, balizadores de uma formação articulada, universal e integral de sujeitos para atuar no mundo em constantes mudanças e desafios. Constitui-se, portanto, condição para o graduando obter o Diploma de Bacharel.
A matriz curricular do curso está organizada por disciplinas em regime semestral.
Disciplinas Optativas: Núcleo de Formação Básica e Núcleo de Formação Específica
As disciplinas optativas demonstram a flexibilidade curricular o que possibilita um melhor fluxo. São disciplinas obrigatórias para a integralização curricular e a sua escolha é facultada e permite a possibilidade do discente cursar componentes curriculares do elenco de disciplinas ampliando conhecimentos para uma formação com qualidade.
As disciplinas optativas a serem cursadas no 4º(quarto), 5º(quinto) e 6º (sexto) semestres, serão escolhidas pelas turmas, ao término de cada período letivo anterior, cabendo a Coordenação do Curso o levantamento das demandas dos alunos considerando as disciplinas optativas ofertadas no Projeto Pedagógico do Curso.
Atividades Curriculares admitidas pelo Curso
1) Disciplinas Curriculares
São reconhecidas aquelas admitidas/oferecidas pelos departamentos Acadêmicos da UEPA e/ou outras instituições de ensino e pesquisa de nível
superior, desde que sejam devidamente reconhecidas pelo curso de Bacharelado em Relações Internacionais, da UEPA.
2) Estágio Curricular Supervisionado
O Estágio Curricular Supervisionado constitui um momento de aquisição e aprimoramento de conhecimentos e de habilidades essenciais ao exercício profissional, que tem como função integrar teoria e prática.
O Estágio Supervisionado, é condição obrigatória para a integralização da carga horária do curso de Bacharelado em Relações Internacionais. Sua carga horária como crédito para a integralização curricular é de 400 horas.
3) Atividades Complementares
As Atividades Complementares em complementação à prática profissional, possibilita por avaliação, o reconhecimento de habilidades, conhecimentos, competências e atitudes. Constituem componentes curriculares enriquecedores e implementadores do próprio perfil do formado.
Nessa perspectiva, incentivam-se iniciativas de participação em eventos científicos ligados à área de Relações Internacionais, em atividades de ensino, pesquisa e extensão, assim como a apresentação e publicação de trabalhos em congressos, feiras tecnológicas e revistas científicas da área. Tal incentivo se dá através da atribuição de créditos à atividades complementares, conforme quadro a seguir:
ATIVIDADE | CONDIÇÃO PARA SOLICITAÇÃO | C/H MÁXIMA CONSIDERADA EM HORA AULA (50′) |
Participação no Seminário de integração acadêmica da UEPA (Acolhimento e integração dos discentes no início do semestre letivo) | Evento de CH de 4 horas | 10 h |
Participação em oficinas e minicursos na área do curso ou afim | Eventos de CH igual ou superior a 4h | 10 h |
Trabalhos aceitos para publicação | 10h por trabalho | 20 h |
Participação em palestras, seminários, congressos, semanas acadêmicas, workshops, conferências, entre outros, todos relacionados a área | Eventos de CH igual ou superior a 4h | 10 h |
Exercício de Monitoria | Mínimo de 1 semestre letivo | 20 h |
Participação em projeto de extensão na área do curso ou afim (como bolsista ou voluntário na área do curso) | Participação de CH igual ou superior a 10h por projeto | 20 h |
Participação em projeto de iniciação científica (como bolsista ou voluntário) na área do curso ou afim | Participação de CH igual ou superior a 10h por projeto | 40 h |
Participação na organização de eventos acadêmico científicos na área do curso | Eventos de CH igual ou superior a 4h | 10 h |
Realização de estágio não obrigatório na área do curso ou afim | Mínimo de 1 semestre letivo | 20 h |
Apresentação de Trabalhos em Eventos na Área do curso ou afim | 10h por trabalho | 10 h |
A carga horária acumulada será revertida em horas contabilizada dentro do cumprimento da prática profissional.
Para o cumprimento da carga horária, o discente deverá solicitar por meio de requerimento à Coordenação do Curso, a validação das atividades desenvolvidas com os respectivos documentos comprobatórios.
Cada documento apresentado só poderá ser contabilizado uma única vez.
A validação das atividades deverá ser feita por banca composta pelo Coordenador do Curso, como presidente, e por, no mínimo, dois docentes do curso.
Somente poderão ser contabilizadas as atividades que forem realizadas no decorrer do período em que o aluno estiver vinculado ao Curso.
4) Seminários
Constituem um conjunto de estratégias didático pedagógicas que permitem, no âmbito do currículo, a articulação entre teoria e prática e a “complementação dos saberes e das habilidades necessários à formação do discente. São como atividades de orientação individual ou como” atividades especiais coletivas. Os componentes referentes aos seminários curriculares têm a função de proporcionar tanto espaços de acolhimento e de integração com a turma, quanto espaços de discussão acadêmica e de orientação.
SEMINÁRIOS | AÇÕES |
Seminário de integração acadêmica | Acolhimento e integração dos discentes |
Seminário de orientação de pesquisa e para a prática profissional (trabalho de Conclusão de Curso) | Acompanhamento do desenvolvimento de pesquisas e de orientação de produção acadêmica científica |
5) Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
O Trabalho de Conclusão de Curso é um componente curricular obrigatório e poderá ser desenvolvido na modalidade de artigo, projetos de atividades centrados em áreas teórico-práticas e de formação profissional relacionadas com o curso, na forma disposta em regulamento próprio, aprovado pelas instâncias institucionais competentes, contendo, obrigatoriamente, critérios, procedimentos e mecanismos de avaliação, além das diretrizes técnicas relacionadas com a sua elaboração.
Os documentos e registros elaborados deverão ser escritos de acordo com as normas da ABNT estabelecidas para a redação de trabalhos técnicos e científicos.
Fonte: Projeto Pedagógico do curso de Bacharelado em Relações Internacionais (2016)