PPGCA inicia a VI Escola de Verão em Belém

Nesta segunda-feira, 03, foi a abertura da VI Escola de Verão, atividade promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), da Universidade do Estado do Pará (Uepa). De caráter interdisciplinar, a programação oferece aperfeiçoamento e capacitação para quem deseja expandir o conhecimento e receber formação adicional.
Para o coordenador do PPGCA, professor Dr. Altem Nascimento Pontes, além de treinar os alunos do programa, o evento é um retorno da pós-graduação para a sociedade, que investe em bolsas e infraestrutura para o desenvolvimento da ciência. “É uma forma de a pós-graduação devolver para a sociedade o que tem sido desenvolvido dentro da universidade. Mostra o quanto a universidade está ativa no tripé de ensino, pesquisa e extensão”, explicou Altem.
Além do coordenador do PPGCA, a mesa de abertura do evento contou com a participação do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Jofre Jacob da Silva Freitas; a vice-coordenadora do PPGCA, Ana Lúcia Nunes Gutjahr e o representante do CCNT, Iedo Souza Santos. Todos salientaram a importância da Escola de Verão para a formação de futuros pesquisadores e como forma de consolidar e fortalecer os programas de pós-graduação na universidade. “É importante que a universidade tenha profissionais que estudem a Amazônia para o desenvolvimento da região. Eventos como esse tem um papel fundamental de estimular novas mentes a pensarem em ciência, de instigarem os jovens a serem futuros pesquisadores”, afirmou Jofre Jacob.
A mestranda Karem Maués apresentou a palestra “Pesca artesanal como trabalho ontológico no Marajó dos campos”, que mostrou o modo de viver de duas comunidades tradicionais em Soure, que dependem exclusivamente da pesca para a própria subsistência e como esses moradores aplicam os saberes aprendidos ao longo da experiência transmitida por gerações. “O que o pescador faz na comunidade é inerente à formação da sua vida. A sua experiência de trabalho está diretamente relacionada ao seu modo de vida rural-ribeirinho, sendo uma relação entre ele e a natureza”, declarou Karem.
Karem esclareceu ainda a importância dessa pesquisa para dar visibilidade a essas comunidades que buscam viver em harmonia com o meio em que estão inseridas. “São pessoas que muitas vezes são inferiorizadas e que possuem um modo de vida que acabam desafiando a ciência e também a educação. Nesse universo da pesca é possível evidenciar um conjunto de significados e símbolos que formam o pescador”.
A programação que conta com minicursos, palestras e oficinas estende-se até sexta, dia 07, no Centro de Ciências Naturais e Tecnologia, em Belém.

As inscrições ocorrerão em todos os dias do evento: manhã (8h às 11h) e tarde (14h às 16h).

Texto: Isis Monteiro

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